Eu sempre tive a necessidade de controle, principalmente, de saber das coisas. Entender tudo que estava acontecendo à minha volta, compreender as pessoas que estavam comigo, decifrar tudo que eu sintia – e talvez esse seja um dos motivos pelo qual eu tenha começado a escrever -, enfim, eu realmente gostava da certeza. Porém, em um certo momento da minha vida, fui surpreendida com uma decepção daquelas que a gente nunca espera – se é que isso que acabei de dizer não foi completamente redundante. Não sei se por culpa minha ou da outra pessoa, mas aconteceu e desde então, inúmeros outros acontecimentos foram confirmando o que eu já devia saber há muito tempo: não dá para ter o controle de tudo. Isso doeu, sabia? Pra caramba. Foi um choque de realidade, porque a minha ilusão era mais confortante, embora muito mais arriscada. A minha ilusão me acompanhou por toda a minha vida e eu tive que aceitar que ela não era melhor companhia de todas. A gente se engana e também somos enganado