Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de 2016

Faça da tua gratidão a tua força para continuar.

Tá todo mundo ansioso para a virada do ano. Dessa vez, quase como uma unanimidade, as pessoas querem desesperadamente se despedir de 2016 por ter sido um ano realmente recheado de histórias tristes.  Casamentos e namoros que chegaram ao fim, tragédias (entre fatalidades e terrorismos) em grande escala no mundo todo, além de muitas mortes individuais importantes, eleições com resultados assustadores, sem contar a luta diária de cada um, ufa, com tudo isso, a #acaba2016 ou similares estão bombando. Definitivamente foi um período que marcou, e, para a maioria, não foi positivamente.  Mas me desculpem, eu não entrei nessa onda e acho uma injustiça danada colocar toda a culpa no período que está terminando. Não que eu seja alheia às dores do mundo, não que os últimos doze meses tenham sido muito fáceis e tranquilos para mim. Pelo contrário, tomei muita porrada e ele está terminando bem complicado.  Mas um ano são apenas 365 dias, às vezes 366. E no próximo dia primeiro de Ja

Falta espaço pra você na minha vida - e nos meus textos.

Tô aqui olhando para a tela do computador há alguns minutos. Você tá na minha cabeça e eu quero escrever um texto sobre você. Quero falar da época em que tudo se encaixou e nem passou pela minha cabeça que teríamos o fim que tivemos. Quero falar da época em que fizemos planos e você parecia ser o cara certo. Mas eu me acostumei a falar sobre a dor que você me deu, depois que decidiu ir embora. Meus melhores textos foram contando sobre as minhas tentativas falhas de te esquecer. Amava sentir cada pontinho de angústia se transformar em verso. Por isso, tô aqui tentando fazer mais um texto  sair do forno, sabe? Mas a página do Word permanece em branco.  Não que eu não tenha boas e más lembranças quando o assunto é você e eu poderia sim falar sobre elas; não que eu tenha perdido a inspiração, porque é exatamente o contrário. Tenho tanta coisa nova para contar! Tô conhecendo gente, sentimentos, lugares. Tô me conhecendo, descobrindo novos gostos, sons e sensações. Tô aprend

Amar é sobre querer ficar.

Não gosto de categorizar o amor como fácil ou difícil. Tudo é circunstancial e nós estamos falando de pessoas, de sentimentos, de rotina. Só que é fácil amar o outro enquanto ele lhe faz uma surpresa no meio da semana. É fácil amar no silêncio da noite, encaixados um ao outro. É fácil amar quando ele sorri e durante as conversas intermináveis sobre política e temas banais. É fácil amar em um dia de Sol na praia tomando água de coco e batendo fotos para postar no instagram. Mas é difícil, não é? É difícil amar quando ele está com a cara emburrada na frente dos seus amigos e você nem sabe o porquê. É difícil amar quando está cansada do trabalho e ele quer ficar conversando sobre algum assunto que não te interessa. É difícil amar quando ele esquece aquele compromisso que você falou mil e uma vezes. Na verdade, o amor  em si é muito simples. Você sabe que ama aquela pessoa e pronto. Não tem mistério, perceber e assumir o que sente é até leve. Mas além disso, amar é con

Empatia.

Não deveria, mas ainda me surpreendo. Me surpreendo com o quanto as pessoas se tornaram descartáveis umas para as outras, em todos os tipos de relação. Li um desabafo de uma menina no Facebook e logo percebi que ela tinha terminado o namoro. Fucei, porque não me aguento, e descobri que o ex-namorado já estava postando foto com a nova namorada no Facebook. E tudo isso aconteceu em poucos dias, para não parecer exagero, menos de um mês. E já tinha fotos com a mãe, alguns amigos e declarações de amor eterno e - pasmem - planos de filhos.  Longe de mim, que fique claro, julgar e agourar os relacionamentos alheios, mas eu realmente acho muito estranho o quanto tudo muda tão rápido. Parece idiota da minha parte e deve ser mesmo, mas eu fico com raiva. Fico com raiva da família e dos amigos por agirem como se nada tivesse acontecido. Fico com raiva do cara por tanta cara de pau. Fico com raiva de cada curtida recebida nas fotos. E se quer saber, eu mal conheço a menina que fez o desab

A melhor coisa para paquerar na modernidade (?)

Estávamos sentados no meio de uma praça de alimentação de um shopping movimentado da nossa cidade. Eu não sabia o que dizer, ele menos ainda. Logo ele que vinha puxar assunto comigo todos os dias no whatsapp ! Fiquem sabendo que esse é o mal do mundo moderno, as pessoas não sabem mais conversar quando estão uma de frente para a outra, olho no olho. Nos sentimos mais a vontade utilizando emoticons. Mas também, aonde eu estava com a cabeça quando aceitei sair com esse cara? Aonde estava o meu bom senso quando baixei no meu celular o tal aplicativo que minhas amigas diziam ser a melhor coisa para paquerar na modernidade? Nota-se que eu disse paquerar e isso já mostra o quão antiquada eu sou. Não sei porque fui querer bancar a moderninha! Ele foi simpático, confesso. Como eu disse, puxou assunto comigo durante vários dias consecutivos, sem nem tocar no assunto de sairmos, quando na verdade, isso já é algo meio que implícito quando duas pessoas se curtem nesse aplicativo, pelo que li

E talvez eu te esqueça.

Eu preciso ser honesta comigo mesma: você não me quer mais. Você deixou isso tão claro que, caramba, por que eu fico tentando me enganar, distorcendo pateticamente a realidade? Perceber o fim, dói, mas é a verdade e a verdade geralmente dói mesmo. A verdade olha no olho. Escancara. Grita. Insiste. E ok, bom trabalho, já entendi. Só que aceitar que a nossa história acabou é tirar um peso gigante das costas e ao mesmo tempo me sentir completamente perdida. Isso faz algum sentido?  Por isso hoje, mais do que nunca, eu  não sei o que esperar da noite que se aproxima. Talvez eu decida ir a um bar com um pessoal qualquer, só para garantir que eu vou chegar anestesiada. Talvez eu apareça na porta da minha melhor amiga destruída e chore até de manhãzinha. Talvez eu invente uma desculpa para faltar o trabalho amanhã e poder ficar na cama assistindo a nossa série preferida, comendo o nosso sorvete preferido, só pra te manter aqui mais um pouco. Talvez. Mas talvez eu não me permita

Faltou foi amor, viu?

O mais triste, na minha opinião, foi a gente não ter tido coragem para terminar tudo enquanto ainda era bonito. Enquanto a lembrança ia ser gostosa e não dolorida. Enquanto havia respeito e carinho. As pessoas dizem "Ah, mas vocês insistiram, isso é amor". Mas não, a gente sabe que não. O amor já estava longe faz tempo. Foi covardia, foi comodidade, foi medo do que viria depois. Foi um misto de sentimentos, só não foi, ali no fim, amor. Foi exatamente a falta dele que fez com que ficássemos juntos. Porque foi preciso que ficasse insuportável, foi preciso noites de choro, foi preciso que nos magoássemos um pouquinho todo dia, foi preciso a transformação do amor em dor para que percebêssemos que tinha acabado qualquer vontade de manter um laço.  E acabou mesmo. Foi cada um para um canto, com o coração estraçalhado, com uma amargura desnecessária e toda uma história manchada. Sem culpados, porque não adianta apontar o dedo para o mais ou menos errado, se os dois

O que você precisa, você já tem.

Era sexta-feira, quatro horas da tarde e faltava algumas horas para a minha aula começar. Decidi me sentar em um café num shopping perto da minha faculdade. Sempre ando com um livro na bolsa para qualquer minutinho vago que eu tenha na minha rotina instável e era um que me fazia companhia naquele dia. Eu não preciso de muita coisa na minha vida, sabe? Uma boa música tocando no meu fone de ouvido; um bom livro de romance policial e um lugar calmo para fazer uma dessas duas coisas – ou as duas ao mesmo tempo. Eu não estava completamente satisfeita naquele dia, pois o terceiro item da minha lista não pôde ser realizado com o sucesso, mas em compensação, eu tinha um excelente capuccino na minha mesa para suprir essa falta. Foi quando uma voz interrompeu a minha investigação ao lado de Hercule Poirot. A senhorita está esperando alguém?, o senhor me perguntou em um tom desconfiado. Aparentava ter uns sessenta anos, talvez um pouco mais. Vestia uma calça jeans bem surrada e uma b

Deixa ir, deixa vir.

Faz algum tempo que eu não recebo notícias daquele que um dia foi o amor da minha vida. De um tempo pra cá, as pessoas pararam de citá-lo no meio da conversa e talvez esse seja um sinal de que estamos mesmo perdendo o vínculo, né? Parece que as pessoas esqueceram que nós já estivemos juntos, parece que nossa história, definitivamente, chegou ao fim. Confesso que é estranho perceber como o tempo realmente passa . Por mais idiota que isso possa parecer e é mesmo, eu tentei resistir. Tentei, obviamente em vão, mas eu tentei. Não queria escrever uma nova história e muito menos queria que ele escrevesse uma também. Não sem mim, não sem os nossos planos arquitetados nas madrugadas juntos.  E, no entanto, dia após dia, eu continuava vivendo aqui e ele lá.  E é exatamente entre o fim e o recomeço que definimos quem somos e o que queremos . É um momento de autoconhecimento, de respeito a si mesmo e de decidir se subimos ou descemos um pouquinho mais para o fundo do poço. Eu fiz a min

Me sinto patética e incrivelmente adulta.

Eu queria dizer que estou preparada para tudo que está por vir. Eu queria dizer que não tenho vontade de fugir e me esconder. Mas eu sou sincera até com as minhas fraquezas, por isso, se quer mesmo saber, eu estou apavorada. Em um momento, a vida parece que não está andando e em outro parece que está mudando mais rápido do que eu consigo acompanhar, como se eu não estivesse tendo oportunidade de refletir sobre o que está acontecendo ou para onde estou indo. Estou sendo levada, arrastada... Para falar a verdade, sinto mesmo que estou levando caixotes, sabe? De uma onda maior que a outra. Até ontem, a minha maior preocupação era com a minha prova de Química. Até ontem, eu chorava porque o meu namoradinho estava conversando com uma outra menina no recreio. Até ontem, eu tinha medo sim. Tinha muito medo dos meus pais descobrirem que eu não tinha ido à casa da minha amiga, mas a um show de uma banda que nem existe mais. Olhando assim, me sinto patética e incrivelmente adulta.

O que sobrou ficou leve e você, no passado.

Primeiramente preciso dizer que esse é o primeiro texto que eu escrevo que eu realmente gostaria que você lesse. Engraçado né? Até os outros em que eu dizia estar bem e te menosprezava, no fundo, eu preferia que você não tivesse conhecimento dos meus sentimentos - sendo eles verdadeiros ou não. Mas esse sim. Minhas memórias, finalmente, não são mais tão claras e só me lembro do necessário. Lembro da gente dançando em um show ruim e de você me pedindo em namoro no meio de um monte de desconhecidos. Lembro da primeira vez em que dormimos juntos e que na verdade, eu não dormi coisa nenhuma. Lembro do dia que você me disse que não me amava mais. Lembro de muito choro e de te odiar por bastante tempo. Levou um tempo para que o meu coração se reorganizasse, mas a vida sempre arranja um jeito de colocar tudo no lugar, mesmo que inicialmente a gente não entenda para qual caminho ela está nos levando. Hoje estou bem, conquistei coisas que não conquistaria ao seu lado e me tornei uma

Eu só quero que me prometa que vamos nadar contra a correnteza.

Você sabe que vai ser cada vez mais difícil, não é? Não temos mais quinze anos e as nossas obrigações passaram de apenas ser aprovado no colégio ou arrumar a cama ao acordar. Eu não preciso mais dar (tanta) satisfação aos meus pais e você mora sozinho, mas parece que antigamente as coisas eram mais fáceis quando se tinha alguém ali monitorando e nos ajudando (diretamente). Hoje em dia eu tenho dois empregos e você dá aula o dia inteiro. Estudamos a noite e chegamos em casa só para dormir e recuperar parte das energias para encarar tudo de novo no dia seguinte. Nosso final de semana começa no sábado à tarde. Agora temos contas a pagar, problemas para resolver e uma pressão gigante para administrar sem se deixar enlouquecer. Por isso, é muito mais cômodo reclamar do chefe, do dinheiro que não está dando, das provas que estão chegando, da falta de sono. É muito mais fácil deixar a rotina pesar e anular os sentimentos bons. Mas me promete que não vamos dormir s

Eu não sou mais a mesma.

Desde aquele dia na cafeteria da sua rua em que você pediu para que eu não te procurasse mais, aconteceram muitas coisas. O que posso dizer?  Eu ainda te liguei, mas isso você sabe, mesmo que não tenha atendido a nenhuma das minhas ligações. Eu ainda chorei muito, por noites seguidas e em várias tardes de domingo. Mas verdade seja dita, eu acabei reaprendendo a caminhar sem ter a sua mãe segurando a minha. Além disso, descobri a minha série favorita e estou prestes a terminar a minha faculdade, embora já exerça a profissão que eu amo. Também conheci muitas pessoas incríveis e outras nem tanto assim, aprendi a dizer não e adoro sair aos sábados sem rumo por aí.  Ainda guardo na memória os nossos bons momentos juntos, mas hoje em dia eles dividem o lugar com tantos outros que colecionei ao longo desse tempo. Ainda lembro que você é fã da banda Red Hot Chili Pepppers, mas não tenho certeza se o seu aniversário é dia 10 ou 11 de Junho. Sendo bem sincera, toda vez que eu dava u