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Mostrando postagens de maio, 2015

Se é essa a sua vontade, meu amor, pode ir.

Eu nunca tive dificuldade em aceitar o fim. O final faz parte de qualquer ciclo, não dá para evitar. E se é a outra pessoa que quer ir embora, por favor, vai sem medo. Não imploro, não me desespero e, principalmente, não me menosprezo. Por isso, se é essa a sua vontade, meu amor, pode ir. Provavelmente vai ser foda por alguns dias, a saudade vai me sufocar e eu vou me segurar para não te mandar uma mensagem, tarde da noite, perguntando mais uma vez o motivo do nosso fim. Vou sair com minhas amigas e achar um saco, e isso só vai piorar a situação, porque eu vou me lembrar do quanto era incrível apenas assistir a filme contigo, dividindo aquele sofá pequeno da sua sala. Com certeza vou escrever alguns textos dramáticos que eu nunca mostrarei para ninguém. Vou te odiar, me odiar, odiar o mundo e a vida! Porque depressão pós pé na bunda é normal, não me julguem. Eu vou achar que tudo perdeu o sentido, mas só até começar a enxergar algum nexo nessa história toda. Afinal, a gen

Talvez não tenha sido amor, sabe?

Talvez não tenha sido amor, sabe? E acho que não temos que culpar ninguém ou sofrer pelo que não aconteceu. Porque, afinal, como vivemos é que importa - e não o tempo. E poxa, foi lindo e mais que isso, foi sincero. Talvez tenha sido encanto. Eu me lembro do quanto eu fiquei fascinada pelo seu gosto musical. Você conhecia aquela banda que ninguém sabia o nome e eu amava. Você também não saía de casa sem o fone de ouvido e eu nunca precisei mudar de música na playlist do seu carro, eu amava todas e acabei descobrindo muita coisa boa por sua causa. Talvez tenha sido cuidado. Sempre acordava coberta e quentinha enquanto você estava encolhido no canto da cama, mas mesmo assim, não se importava de me dar todo o cobertor. Era eu quem te ligava, todos os dias, no mesmo horário, para te lembrar do seu remédio. E u sempre te quis bem, acima de tudo e em todos os sentidos. Provavelmente me importava mais com você  do que com qualquer ex-namorado que eu tenha sido loucamente apaixonada. 

Nós somos os verdadeiros heróis.

Tenho a mania de pegar dores antigas e torná-las atuais em meus textos. E isso não tem nada a ver com reviver o passado, antes que me julguem, mas sim com enxergar o presente de um jeito diferente. Hoje algum ponto do meu coração está dolorido, mas olha que coincidência, eu já senti uma dor parecida com essa! Talvez mais fraca, talvez mais forte. Mas sabe o que aconteceu depois? Continuei vivinha. Continuei caminhando. Poderia ser visto como masoquismo, mas tem a ver com tornar a nossa própria vida um referencial. Transformar nós mesmos em exemplos. Isso é algo bonito, sabia? E muito difícil. Enxergar que somos sim verdadeiros heróis. Ultrapassamos nossas próprias barreiras dia após dia, sejam elas pequenas ou grandes para o mundo, afinal, quem importa e quem encarou cada uma delas fomos nós. Porque a verdade é que só a gente sabe os nossos próprios limites e o quanto é difícil permanecer em pé em alguns momentos da nossa vida. O que pode parecer pequeno e ridículo para u