A verdade é que eu tinha uma armadura que já estava virando minha segunda pele, uma proteção inconsciente e que fugia do meu próprio controle. Bloquear qualquer aproximação, fugir de todas as oportunidades, virou questão de sobrevivência. E isso funcionou durante um longo tempo. Até que você chegou e conseguiu destruí-la da maneira mais bonita e simples que existe. Sem forçar a barra, sem me assustar e, principalmente, sem ter que arrancar parte de mim para também arrancá-la. Foi na conversa, no cuidado, nas atitudes. Foi quando teve paciência. Quando não fugiu, mas entrelaçou a sua mão na minha. Quando aceitou o meu passado, enquanto me propunha um novo futuro. Com o tempo e sem perceber, você tinha se tornado o meu esconderijo, o meu refúgio. Conseguia me esconder do mundo, quando pensava em você. Quando lembrava de você. Quando sentia você. Porque você me trouxe pensamentos e sentimentos leves. Era fácil me perder de todo o resto e me encontrar em no