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Mostrando postagens de julho, 2013

Desconhecidos. Destino.

Com licença. – ela disse, já com as mãos a me empurrar. Logo em seguida pude sentir o seu perfume e ainda segundos depois olhar em seus olhos. Gritantes, ariscos, inundados de lágrima. A minha vontade era a de abraça-la, mas eu não a conhecia. E algo me dizia que ela estava querendo paz, fugir de tudo. Cedi o espaço para que ela pudesse passar e ela se foi. Entrou no banheiro que tinha há alguns metros à frente. Eu continuei no mesmo lugar sentindo vontade – ainda – de consolá-la. Estranho, eu sei. Mas eu sempre fui um bundão mesmo e ver pessoas chorando sempre fez com que o meu coração amolecesse. Seja em filmes, peças de teatro ou, e principalmente, na vida real. Eu não sabia mesmo lidar com essa demonstração de sentimento. Até quando é por alguma notícia boa, lá estou eu querendo chorar junto. Sentei-me no sofá que estava ao meu lado, assim que um casal se levantou. Ela estava demorando demais, notei. O que será que aconteceu, afinal? Com certeza tem a ver com algum

Poxa, destino.

Eu já fui muito embora. Por culpa minha e deles. Quando eu queria, simplesmente me imploravam por meio de atitudes para que eu fugisse o quanto antes. E quando eu não queria, bem, ficar em um lugar onde eu não esteja me sentindo bem, nunca foi a minha praia.  Mas chega uma hora que cansa partir. Arrumar toda a bagunça, juntar as minhas coisas, pegar os momentos, sentimentos e planos e enfurná-los dentro da minha mochila e seguir. Na verdade, eu já nem tenho mais para onde ir. Antes eu achava natural, porque é completamente normal que as coisas não vão bem de início. A vida é assim, primeiro a gente aprende, para depois desfrutar do aprendizado .  A questão é que eu já aprendi, eu juro. Eu já sei quais são os meus defeitos, eu já sei reconhecer quando o cara não vale nada, eu já sei o que fazer, pelo menos, para começar com o pé direito. Custa aparecer alguém decente? Custa aparecer alguém que me faça ter vontade de colocar a bunda no sofá e ficar assistindo futebol?

Eu não trocaria um brigadeiro de panela por você.

Eu saí de casa um pouco mais cedo que o normal, precisava resolver uma pendência. Não contei a ninguém o verdadeiro motivo, porque iriam me questionar a necessidade que eu preferiria guardar para mim. Tomei banho gelado, infelizmente. E também não pude nem experimentar das torradas com geleia de amora que a minha mãe estava preparando. Peguei a minha mochila, porque de lá eu iria direto para o curso, e saí pela porta cheia de confiança . Durante o caminho que eu já sabia de cor, caminhei muito mais lentamente do que de costume. E também me bateu nostalgias bobas de que não iria mais passar por aqueles becos e ruas daqui para frente. Ainda bem, eu sei. Ainda que seja estranho, concorda? Toda novidade, por melhor que seja, é uma novidade. E deixar uma rotina para trás é realmente perturbador. Passei pelo supermercado que costumávamos comprar pizza congelada e também latas de leite condensado para fazer brigadeiro. Eu que fazia, lógico. Sou chocólatra e modéstia a parte, ningu

Bilhetes.

Então gente, hoje eu inauguro uma nova (primeira?) coluna aqui no blog. Como eu não quero jamais fugir do meu tema que é a escrita, vou trazer toda semana para vocês (sem dia certo) algumas imagens com letras de músicas, trechos de livros e até dos meus textos também. Isso é muito comum no Facebook, mas aqui eu vejo pouco. E toda vez que eu vejo algum frase bacana lá, me inspira. Às vezes era exatamente o que eu estava precisando ler, sabe? Enfim, espero que gostem. É um jeito diferente de me expressar.

Fã de histórias.

Antes eu era fã de romance, hoje eu sou fã de uma boa história . Acreditava que a felicidade estava somente em ter alguém, casar e ter filhos. Não que não se possa ser feliz dessa maneira, mas não existe somente esse caminho. E embora tendamos a acreditar nisso e embora também mais cedo ou mais tarde isso aconteça, o que fazer enquanto não chegamos lá? Choramingar? Reclamar da vida? Invejar as amigas? Trancar-se no quarto, engordar alguns quilos comendo brigadeiro de panela e embarangar? Bom, preciso te avisar que isso só vai atrasar a tua vida. E a verdade é que, sabe aquela frase que poderia até virar ditado popular, ‘coisa ruim atrai coisa ruim, coisa boa atrai coisa boa’? Cai feito uma luva para essa situação. E mesmo que eu não seja hippie, não acredite em vibrações ou em coisas do espaço, basta viver para perceber que quando está tudo uma merda, a tendência é piorar. Mas se as coisas começarem a dar certo, num piscar de olhos, outras melhores acontecem. Onde eu quero che

Resenha: Resposta Certa

Resolvi trazer algo diferente para vocês dessa vez, não sei se vão gostar, se vai interessar. Mas faz parte do meu universo, que é ouvir música, escrever e ler. Leio menos do que gostaria, mas ainda assim é algo que sempre fez parte da minha vida. Não será algo constante, como vejo em muitos blogs, porque afinal, o meu foco é outro. Mas acho que não há problema algum em mudar um pouco né? Trazer um pouco mais de mim para cá e meus gostos. Enfim, vamos ao que interessa? Primeira resenha do blog :) Resposta Certa narra a mudança fase na vida de Brian Jackson. Um adolescente de 19 anos que nunca foi o mais popular do colégio, mas que consegue uma vaga na universidade no curso de Letras. Isso faz com que ele acredite que a sua vida irá mudar, passar do esquisitão para "o cara". A história acontece em 1985, onde o rock era a trilha sonora da vida de muitos adolescentes. Chegando na universidade, ele percebe que as coisas não seriam muito fáceis. Primeiro, ele havia d

Inverno.

O inverno chegou. Meia, edredom, chocolate quente. Passamos mais tempo na cama do que em qualquer outro lugar, ou pelo menos é isso que queríamos. Amo sentir o vento fresco em meu rosto e ficar com o nariz gelado. Mas sou completamente apaixonada pelo Sol e viver no Rio de Janeiro, frio é sinônimo de chuva, o que me deixa em dúvida sobre ser realmente a minha estação do ano favorita. É importante que eu deixe claro que eu sempre fui muito bem resolvida. Emocionalmente, profissionalmente e qualquer outro mente que inventem. Nunca me senti vulnerável, tirando quando eu andava pela rua deserta chegando de uma boate qualquer vestindo minissaia justa às 5 horas da manhã.. E tirando também que eu já tenho quase 25 anos e nunca namorei. Não que isso tenha necessariamente a ver com a vulnerabilidade anterior, mas sim com o inverno. Parte de mim prega ao mundo que, mais cedo ou mais tarde, o amor vem. A pessoa certa, o príncipe encantado e todo aquele mimimi de comédia r

Qual é o medo, menina?

Encontrar o culpado, não vai fazer coisas se acertarem. Não vai trazer de volta os filmes vistos pela metade na tarde de domingo. Não vai trazer as conversas sinceras e nem as piscadas de olho que diziam tudo aquilo que não podia ser dito no meio de muita gente. Pelo contrário, talvez destrua essas lembranças. Talvez faça doer ainda mais . Simplesmente existiu e é isso que importa. Esses momentos bons são a prova de que não foi em vão, tempo perdido, atraso de vida. Afinal, existe isso? Se te fez bem, não foi inútil. Só começa a ser desnecessário quando faz mal e dessa forma deve ser – logo – descartado. Mas esse não foi o ponto, afinal. O que te faz chorar é não ter mais a sensação gostosa de quando ele te abraçava ou simplesmente não poder mais olhar as sardas do nariz dele. Mas entenda que muitas vezes crescer é abrir mão, é arrumar as malas e ir embora. É perceber se o motivo de estar ali é coração ou cabeça. E reconhecer, acima de tudo, quando é a hora de recomeçar .