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Mostrando postagens de fevereiro, 2014

A gente finge que não, só isso.

Na semana passada, eu disse para uma amiga: “quero distância de relacionamentos”. Ela me apoiou, disse que estava nessa fase também e era a melhor coisa. Então escutei o que queria! Mas um pouco depois, no mesmo dia, comentei também com um amigo, “vou tirar férias do amor”. Ele então começou a rir e me perguntou se realmente eu conseguiria isso. Na hora, confesso, senti muita raiva. Por que eu não conseguiria? Que besta! Mas aquilo, de alguma forma, ficou na minha cabeça o resto do dia. Homens são sinceros, e sendo nosso amigo,  aí que eles falam tudo sem papas na língua mesmo! O que é bom, na minha opinião. E foi por eu geralmente preferir dar credibilidade ao pensamento dos homens, que decidi repensar sobre o assunto. É realmente verdade que quando a gente se decepciona com alguém, o coração se fecha, tentando se proteger. É verdade que uma vez machucados, a cicatrização é demorada, dolorida, cansativa. É verdade que, no início, tudo se torna amargo, preto e branco e, nós

A quem queremos ouvir?

E antes que você me pergunte como eu consigo ser tão forte e tão independente, eu já prefiro assumir que não é bem assim... Afinal, eu tenho um coração . E isso já é motivo suficiente para que eu sinta essa porcaria que é o amor e tudo que ele carrega junto, sejam as coisas boas ou as coisas ruins.  Sendo assim, quando eu termino um relacionamento eu choro (muito) mesmo, eu escuto Adele e até acho as letras de pagode bonitas, eu desabafo com qualquer pessoa que me pergunte se está tudo bem comigo, mesmo que seja só uma pergunta educada sem interesse nenhum no meu estado real. Eu fico completamente ridícula, de verdade. Quase enlouqueço de saudade e tenho vontades absurdas de fazer loucuras que com certeza ninguém aprovaria. Surgem ideias irracionais, penso besteira pra caramba e poderia ficar meses na minha cama lamentando sobre como a vida é injusta.  Mas, a verdade é que, da mesma forma que eu tenho essa (bosta) de coração, tenho também um cérebro . E cérebros sim são os nosso

Olhar um pouco mais para dentro.

Enfim a página virou. Não tem mais por que olhar para trás, não há necessidade de se prender ao que já passou. Vejo em minha frente uma folha em branco, que me parece infinita e sinto uma pitada de medo. A gente raramente se dá conta de que o nosso destino está em nossas mãos , mas quando nos damos, exatamente como eu acabei de me tocar, bate um certo desespero. Eu sei que a novidade traz a angústia misturada a esperança de que a mudança vem para melhorar, mas continua sendo incomodo o frio que sinto na minha barriga por estar olhando o novo bem na minha frente. Encarando-me, esperando que eu faça alguma coisa que eu ainda não faço a menor ideia do que seja!  Fui pega de surpresa, entende? Obrigaram-me a mudar de rumo.  Estava certa de que estava seguindo pelo caminho correto e de repente, avisaram-me de que eu estava enganada. Será que a culpa foi minha, que ando sempre tão distraída de tudo, ou será que souberam me enganar direitinho? Nunca descobri. Mas, para falar a ve

O sorrisos que não deveriam existir.

- Uma xícara de café grande, por favor. – Eu disse a garçonete. Ela fez que sim com a cabeça, sorriu e saiu depressa. E eu ando tão carente que, por um segundo, isso me feriu. Quão amarga pode se tornar a vida depois de um pé na bunda? Não me canso de me fazer essa pergunta. Só a resposta que parece infinita. Foi quando entrou um casal de adolescentes pela porta da lanchonete. Riam alto, estavam de mãos dadas, mas se tocavam o máximo que o bom senso permite (ainda bem!). Eu nunca tinha reparado o quanto parecemos bobos quando estamos apaixonados e de bem com a vida. Não é um pouco absurdo? Eles mal reparam nas pessoas que estão a sua volta, simplesmente vivem em uma bolha perfeita e feliz. Não reparam que eu estou aqui sentindo dores de barriga com essa cena. E eu não queria ser pessimista e espero que não interpretem isso como uma praga ou algo do tipo... Só que bolhas são frágeis e é muito fácil que, num piscar de olhos, elas simplesmente estourem. Obrigando-nos a a