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Mostrando postagens de abril, 2015

Respeita a minha vontade de te esquecer.

A minha memória nunca foi muito boa, confesso. A minha irmã sempre brinca dizendo que o meu passado é um borrão, porque eu tenho sérios problemas para lembrar das coisas, desde as mais bobas até mais relevantes e especiais. Eu não lembro o que comi ontem tanto quanto não lembro qual foi o dia em que dei o meu primeiro beijo - e olha que foi com o meu primeiro amor.  Mas eu me lembro exatamente do dia em que a gente se conheceu. Lembro, como se tivesse acontecido há alguns minutos, da primeira vez que você disse que me amava e eu fiquei reação. Lembro da nossa primeira briga, da primeira vez que você chorou por minha causa e da última vez que senti o gosto do seu beijo. E eu que nunca tive problema em sofrer por causa de lembranças, estou tendo que aprender a conviver com seus vestígios por aqui. Mas eu nunca te culpei por ter ido embora, você sabe. Também nunca implorei para que você ficasse, nem joguei seus erros na sua cara. Aprendi a aceitar que o amor acaba, que as pessoas m

De passagem

O mundo dela lançando doçura na amargura do meu...

E esse texto não é sobre você, mas sobre mim.

Eu assumo: te esperei. Caramba, como eu te esperei! Idealizei nossas possíveis reencontros, suas falas e meu discurso. Imaginei um novo futuro para nós dois, perdi noites de sono sonhando acordada e sofrendo calada. Vivi ansiosa por uma ilusão que eu mesma tinha criado. Porque a verdade é que eu não queria desistir de você e dos nossos planos, mesmo que eles já estivessem totalmente fora de alcance. Sabe o que é, eu sempre tive um apego um pouco ridículo pelos meus sentimentos e lembranças, por isso tudo sempre me parece maior do que realmente é. O meu passado, o meu presente e o meu futuro não são tão claros e organizadinhos como deveriam ser, essa é a verdade. Misturo tudo, sinto muito e em parcelas, me confundo toda na ordem cronológica da minha própria vida. E, por esse motivo, assumo que nunca tive total certeza de quais eram os meus sentimentos por você depois de tudo que tinha acontecido. Morria de medo de esbarrar contigo e parecer uma boba, perder a fala e ter que reviv