Com licença. – ela disse, já com as mãos a me empurrar. Logo em seguida pude sentir o seu perfume e ainda segundos depois olhar em seus olhos. Gritantes, ariscos, inundados de lágrima. A minha vontade era a de abraça-la, mas eu não a conhecia. E algo me dizia que ela estava querendo paz, fugir de tudo. Cedi o espaço para que ela pudesse passar e ela se foi. Entrou no banheiro que tinha há alguns metros à frente. Eu continuei no mesmo lugar sentindo vontade – ainda – de consolá-la. Estranho, eu sei. Mas eu sempre fui um bundão mesmo e ver pessoas chorando sempre fez com que o meu coração amolecesse. Seja em filmes, peças de teatro ou, e principalmente, na vida real. Eu não sabia mesmo lidar com essa demonstração de sentimento. Até quando é por alguma notícia boa, lá estou eu querendo chorar junto. Sentei-me no sofá que estava ao meu lado, assim que um casal se levantou. Ela estava demorando demais, notei. O que será que aconteceu, afinal? Com certeza tem a ver com algum