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A vida é um pouquinho mais do que um pé na bunda.


É meio desnecessário eu dizer que todo término é ruim, afinal, acho que todo mundo sabe bem disso. Mas doeu, doeu pra caramba! Eu realmente esperava mais da gente e "o amor da minha vida" ir embora sem mais nem menos, destruiu um bocado de planos que eu tinha idealizado. Todo dia me perguntava aonde eu tinha errado, quando ele voltaria, o que eu poderia fazer para tê-lo de volta, como ia ser daqui para frente sozinha... Todo dia eu me afundava um pouquinho mais num mundo de ilusão e desilusão.

O meu coração estava tão descompassado que dava pena. Minha cabeça estava a mil, cheia de pensamentos num vai e volta embaralhado. O ponteiro do relógio continuava percorrendo número a número e o calendário mudando de páginas. Só eu que estava estacionada nessa história toda. Atolada. Confortavelmente apática.

E eu posso dizer que as coisas só começaram a andar quando eu parei de me vitimizar. Ok, ele me decepcionou. Ok, eu tenho todo o direito de viver o luto. Ok, mas por quanto tempo? Só por causa de um coração partido não devo tentar novamente? Devo deixar que os sentimentos ruins me façam afundar cada vez mais? Devo desistir de mim?

Eu mesma respondo: Não. Óbvio que não.

Uma hora a gente tem que se dar conta de que a vida é um pouquinho mais do que um pé na bunda, sabe? Quase nada, mas é. Juro que é! Há muito sentimento para descobrir, muita história para viver, muitas pessoas para conhecer. E, por mais clichê que isso possa parecer, se você realmente se permitir, você vai ver que essa é a maior verdade sobre a vida. Ela sempre muda, sempre se renova, sempre temos novas chances de escrever novos capítulos e isso depende somente de nós.

Ok, é verdade que sentimentos devem ser sentidos, e embora muitas vezes aconteçam coisas que fogem do nosso controle, tudo é uma questão de escolha. A gente não escolhe sofrer, mas escolhemos por quanto tempo vamos permanecer alimentando o que nos faz mal. E a gente não tem o poder de dizer "quero ser feliz" e click! tudo acontece, mas somos nós que escolhemos os caminhos que vamos percorrer para encontrar a felicidade - em cada dia da nossa vida.

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