Quem escreve
Vamos lá,
Se tem uma coisa que eu tenho orgulho em mim é a capacidade que eu
tenho para escrever. Veja bem, eu não estou dizendo que eu escrevo bem, isso
você nunca vai escutar de mim – afinal, existe algo mais relativo do que a arte? Mas
uma das lembranças mais fortes que eu tenho de toda a minha infância/adolescência, sou eu sentada no chão do meu quarto escrevendo no meu diário, e eu usava qualquer caderno, agenda, bloco... E eu tenho cada um desses
meus baús de sentimentos guardados até hoje.
A verdade é que eu aprendi e me acostumei a viver assim.
Quando eu achava graça de alguma coisa, eu escrevia. Quando eu sentia raiva de
alguém, eu escrevia. Quando eu estava me sentindo sozinha, eu escrevia. Quando
eu estava apaixonadinha por um novo garoto, eu escrevia – muito. Quando tinha alguma novidade boba, mas tão
boba que não iria interessar a ninguém, eu escrevia. Enfim, quando não cabia
mais aqui dentro, eu não pensava duas vezes em colocar no papel.
E isso acabou virando parte de mim, uma condição para
aguentar o dia a dia, as pessoas, os lugares, a rotina... E, resumindo: uma
condição para que eu mesma me aguente. Eu que sou intensidade de sentimentos e
mudanças repentinas de vontades, só me compreendo quando me vejo em palavras.
Fico clara, me reconheço e me aceito. E acabo por compreender e aceitar o mundo a minha
volta também.
Ok, eu sei que parece que não falei muito de mim, mas acredite quando eu digo que escrever é a melhor e a maior parte do que eu sou. ;)
Beijos,
Oi, percebe-se que você gosta de escrever e eu também.
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